O fado
não é destino marcado
que cada um traz gravado
no acto de se nascer.
O fado
é o rumo, a nossa vida
é mais a vida sofrida
que nos obrigam a ter.
O fado
é uma canção magoada,
uma revolta chorada
de quem não deixam viver
O fado
foi uma forma encontrada
de teres a boca fechada
de teres olhos e não veres.
Cuidado
que o fado não são só dores
prestamistas, desamores,
santos, virgens e romeiros
o fado
também é canção de luta
nesta terra prostituta
que se rendeu ao dinheiro.
Cuidado
que o fado
não é canção nacional,
é canção universal
e pertence ao mundo inteiro.
5 comentários:
Muito agradável este espaço!
O fado não como destino mas como percurso é uma ideia interessante.
L.B.
Olá Jim,
Em 1.º Lugar queria agracere-te a visita. Depois, revolvi vir conhecer-te e pelo que já li gostei.
Muito interessante este teu pensamento.
De facto, não devemos considerar o fado com "aquele destino, pré-destinado e quase sempre mal fadado" que a maior parte dos fadistas apregoam.
Falarmos de é destino é muito redutor.
O fado é um estado de alma que varia consuante também nós vamos caminhado pela vida.
Portanto, o fado deveria ser o nosso percurso, atribulado por vezes, enriquecedor outras vezes mas sempre em constante movimento. Bjs
O Fado é universal assim como poemas de amor.
Sinto o Fado aqui, acolá, além, além mar.
O Fado é a essência da poesia, em todo seu explendor.
Amo o Fado.
Estou te seguindo, amei estar aqui.
Abraços fraternos.
Lindo poema, amigo!
O que houve, você não pegou o selo que lhe ofertei e nunca mais visitou os blogs.
Está tudo bem com você?
Não tenho seu e.mail e queria lhe convidar para participar do blog que criei "Diálogos Poéticos".
Dá uma passada por lá para conhecer e ver se quer participar.
Se quiser me mande seu e.mail, através do meu ianemello@ig.com.br
Fique em paz!
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