quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O FADO


O fado
não é destino marcado
que cada um traz gravado
no acto de se nascer.
O fado
é o rumo, a nossa vida
é mais a vida sofrida
que nos obrigam a ter.
O fado
é uma canção magoada,
uma revolta chorada
de quem não deixam viver
O fado
foi uma forma encontrada
de teres a boca fechada
de teres olhos e não veres.
Cuidado
que o fado não são só dores
prestamistas, desamores,
santos, virgens e romeiros
o fado
também é canção de luta
nesta terra prostituta
que se rendeu ao dinheiro.
Cuidado
que o fado
não é canção nacional,
é canção universal
e pertence ao mundo inteiro.

5 comentários:

Lídia Borges disse...

Muito agradável este espaço!
O fado não como destino mas como percurso é uma ideia interessante.

L.B.

Sara disse...

Olá Jim,

Em 1.º Lugar queria agracere-te a visita. Depois, revolvi vir conhecer-te e pelo que já li gostei.

Muito interessante este teu pensamento.

De facto, não devemos considerar o fado com "aquele destino, pré-destinado e quase sempre mal fadado" que a maior parte dos fadistas apregoam.

Falarmos de é destino é muito redutor.

O fado é um estado de alma que varia consuante também nós vamos caminhado pela vida.

Portanto, o fado deveria ser o nosso percurso, atribulado por vezes, enriquecedor outras vezes mas sempre em constante movimento. Bjs

Anónimo disse...

O Fado é universal assim como poemas de amor.
Sinto o Fado aqui, acolá, além, além mar.
O Fado é a essência da poesia, em todo seu explendor.
Amo o Fado.

Anónimo disse...

Estou te seguindo, amei estar aqui.
Abraços fraternos.

Ianê Mello disse...

Lindo poema, amigo!

O que houve, você não pegou o selo que lhe ofertei e nunca mais visitou os blogs.

Está tudo bem com você?

Não tenho seu e.mail e queria lhe convidar para participar do blog que criei "Diálogos Poéticos".

Dá uma passada por lá para conhecer e ver se quer participar.

Se quiser me mande seu e.mail, através do meu ianemello@ig.com.br

Fique em paz!